Biografia
“Pouca gente conhece o meu violão. No entanto, praticamente tudo o que fiz vem dele. Depois é que entram guitarras, baixo, programações, todo o resto. Mas a fonte está nele. Sempre me pareceu tão óbvio, quase simplista, que talvez por isso mesmo nunca tenha me ocorrido registrar. Hoje, anos mais tarde, me parece necessário. A ideia de me apresentar apenas com violão e voz me remete ao osso, ao embrião, à origem de tudo. Essa é a razão deste show, e, agora, disco.
As músicas que escolhi aqui são as que o violão, junto com a voz, desempenham um papel determinante, pois já sustentam e poderiam bastar àquelas canções. Algumas são conhecidas e outras, menos batidas. A maioria é de minha autoria, só ou com parceiros, e de diferentes épocas de carreira. Há também duas composições de artistas que quis homenagear e, por fim, duas novas, sugestivamente um rock, “Partiu”, e um samba, “Da Gávea”.
Os bônus tracks de estúdio também têm suas razões de ser. Passei um período cantando “Can’t Help Falling in Love” quando meu amor foi para Portugal. Era um modo que tinha de aplacar a saudade e trazê-lo para perto. Fora que um amigo, Luciano Figueiredo, sempre disse adorar minhas interpretações para clássicos em inglês. E fechando, a releitura de “Partiu”. Gosto da sonoridade potente que o Strobo impôs: me aproxima dos novos timbres vindos do Pará e ainda serve de exemplo de como, quando bem exploradas, minhas canções dão caldo.
Uma vez ouvi Maria Bethânia perguntar para uma cantora: “Você gosta de cantar? Canta para si mesma, cantarola o dia todo, você faz isso?” Na época, não percebi a profundidade das perguntas. Uma outra vez, li do Tárik de Souza (jornalista e crítico musical) um texto sobre o meu CD “Abrigo”, que acabara de lançar. Fazia um paralelo entre mim e Nara Leão, comparando e entrelaçando as nossas carreiras. Também não entendi.
Hoje, compreendo os dois. Cantar, gostar de se ouvir, gastar tempo com isso, tocar, treinar, fazer contato com a essência, é tudo. Eu canto o que gosto, traduzo o mundo como vejo e minha voz é pequena e romântica. Porém com timbre próprio.
Em ‘No Osso’, voltei a me banhar dessa luz, sem preocupação com comentários que eu mesma posso ter ajudado a plantar. Foi libertador.
Sempre valorizei músicos e toco com os melhores. Mas o momento agora é outro. Apenas voz, violão e a minha alma ali. Sem alicerces ou ornamentos. Um mergulho que compartilho com meu público.
Partiu.”
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