Depois de uma pausa de quase 100 anos, a orquestra “Johann Strauss Capelle” foi retomada em 1977 e logo recebeu grandes elogios tanto na Áustria como no exterior. Continuar a tradição desta orquestra, cujo fundador e diretor na época era o próprio Johann Strauss, é o nosso grande dever.

Com 23 músicos selecionados das mais famosas orquestras de Viena, conseguimos compor um conjunto musical de alta qualidade, com capacidade para interpretar de maneira extraordinária, a música autêntica de Johann Strauss, usando partituras originais e trajando roupas típicas da época. É simplesmente fascinante ouvir esta música tão famosa da maneira como a dinastia Strauss a escreveu para a sua “Wiener Strauss-Capelle” e de apreciar, ao mesmo tempo, as roupas usadas pela então orquestra.

A dinastia Strauss começa com Johann Strauss (1804-1849). Nas suas melhores peças tornou-se verdadeiramente o herói de uma música tipicamente austríaca (sobretudo com a sua “Radetzkymarsch”). Foi em vão que o pai Strauss proibiu ao filho, também Johann (1825-1899), enveredar pela profissão de músico, por pensar em algumas experiências amargas.

Em 1844 Johann Strauss (“Júnior”) opunha ao pai, como competidor, uma orquestra própria. Ele é, até hoje, considerado o “rei da valsa”, mestre que elevou as danças da sua época a uma dimensão sinfônica, as dotou de temas arrebatadores e lhes transmitiu brilho orquestral, charme e uma espiritualização musical sem par. A célebre valsa “O Danúbio Azul” é considerada em todo o mundo o “hino nacional inoficial da Áustria”.

Os dois irmãos de Johann Strauss (“Júnior”), Josef (1827-1870) e Eduard (1835-1916), adquiriam importância como diretores de orquestra e também como compositores.