Biografia

Veterano, mas nunca ultrapassado. Durante 20 anos como vocalista do Barão Vermelho, Roberto Frejat, continua como um dos ícones do pop/rock nacional com as mesmas composições de sucesso, só que nesta nova fase sozinho, confessa estar mais romântico porém, com uma ressalva, sem as pieguices melosas de costume.

No final de 2000, todos os integrantes do Barão Vermelho resolveram dar um tempo na trajetória da banda que perdurava desde 1981, inclusive Frejat que resolveu embarcar na carreira solo. Mas, segundo o líder do grupo não é definitiva a separação: “Estamos juntos há mais de 20 anos e agora precisamos de um tempo maior entre os discos e turnês, para só retornar quando houver um trabalho que justifique isso”.

Enquanto um novo trabalho não surge para o Barão, “Amor Para Recomeçar” aparece como álbum de estréia de Frejat como cantor solo, em 2001. O autor de canções marcantes como “Bete Balanço”, “Pro Dia Nascer Feliz” e “Êxtase” em tempos de banda de rock, encontrou uma vantagem ao cantar sozinho, sem o rótulo de ser sempre um rebelde roqueiro. Com músicas românticas, melodias cativantes e num ritmo de balada, o primeiro cd do cantor desperta um lado que muitos fãs não conheciam.

Conseguiu criar um estilo pop digno dos tempos em que dividia composições com o eterno amigo. Fato confirmado com o disco de ouro conquistado já com o primeiro álbum, e os troféus recebidos com o clipe da música “Segredos” no Video Music Brasil 2002 da MTV, e no Prêmio Multishow da Música Brasileira, em 2003.

Frejat demonstra toda a sua experiência adquirida no mundo do rock e a maturidade de um homem de família. Casado há 16 anos com a mesma mulher e com dois filhos para cuidar, seu segundo álbum solo, “Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo”, esbanja todo o romantismo de sua vida sentimental nas letras das canções acompanhadas apenas da instrumentalização básica do rock, com arranjos mais compactos nos sons da guitarra, do baixo e na batida da percussão, técnicas aprendidas ao longo de duas décadas no cenário musical.

As novidades que preenchem o novo repertório são as parcerias em duas faixas do disco. A música “Paz Nunca Mais”, contou com a presença da lenda viva do rock brasileiro, Erasmo Carlos, despertando em Frejat a sensação de ser um “outro Roberto” quando gravaram. E o outro, é um parceiro do passado mas com uma gravação inédita, Cazuza, que Frejat encontrou numa fita com todo o trabalho pronto da faixa “Trapaça Da Dor”.

Com, até aqui, dois discos bem trabalhados e belas composições no início da sua carreira solo, Frejat, como um jovem senhor da música nacional, não precisa provar mais nada sobre sua qualidade e mostra que tem muito a oferecer ainda ao pop e, mesmo, ao rock brasileiro.

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