Biografia
Bonde do Tigrão
Desfrutar do prazer de gravar em seu próprio estúdio, à frente da direção musical e com total liberdade de criação dos arranjos, são algumas das muitas merecidas conquistas do Bonde do Tigrão, que no próximo ano completa 10 anos de carreira. Com lançamento previsto para outubro, eles estão preparando seu quarto álbum, que é a prova de que valeu a pena resistir e que o movimento funk está mais vivo do que nunca.
Quando o país se preparava para a entrada do novo século, o Funk Carioca já era uma certeza, mas faltava algo mais. Era 1999, os fogos ainda não tinham começado a estourar, mas já iluminavam a vida de quatro garotos da Cidade de Deus, que embalados pelo novo movimento musical que vinha das favelas e liderados por Leandro e Gustavo, que continuam à frente do grupo até hoje, fundaram junto com Tiago e Vaguinho, o grupo Bonde do Tigrão..
Levados ao Furacão 2000, estouraram com a música ‘Cerol na mão’ em todos os bailes da periferia, caíram nas graças da mídia e foram parar nas pistas da Zona Sul. Era o ‘algo mais’ que faltava, e os amigos de rua, bola, baile e sonho alcançaram, num piscar de olhos, a meta de todos os artistas, que é entrar para uma gravadora multinacional.
Com o CD ‘Bonde do Tigrão’ lançado em 2001 pela Sony Music, uma segunda música, ‘Tchu Thuca’, estourou e eles se tornaram a grande sensação do momento. O Brasil ficou pequeno para eles e com a explosão do funk no mundo logo ganharam a Europa, os EUA e por onde passavam colocavam todos pra dançar. No ano seguinte Vaguinho sai do grupo, e chega ao mercado o segundo CD ‘Pega o Bonde e Vem’, ainda pela Sony Music, e com ele, mais dois sucessos ganham as rádios: a que dá nome ao álbum, ‘Pega o Bonde e Vem’ e ‘Vou te Agarrar’. As viagens internacionais aumentaram e com elas novos roteiros como Japão, Israel e Angola. Em 2004, convidados para se apresentarem durante as olimpíadas na Grécia, tiveram o prazer e o orgulho de ouvir a música ‘Tchu Tchuca’ gravada em grego e cantada por diversos artistas locais.
Foi nesta época que algumas decisões pessoais e profissionais precisaram ser tomadas, mas nada que pudesse fazê-los desviar do caminho traçado emuito menos afastá-los do público fiel. Durante o intervalo de quatro anos para a gravação do terceiro CD, todos os fins-de-semana eles estavam lá, animando bailes por todo o Brasil e realizando as excursões anuais de sempre, que contam com aproximadamente 30 shows só no exterior.
Em 2006, mais maduros e de gravadora nova, a Sun Records, lançaram o álbum Ressurreição, que trazia letras desafiadoras e com o som apontando para a modernidade do funk: – ‘Criados na realidade de pobreza, crime, mas também muita dignidade e trabalho na CDD, eles vêm com um disco que representa o estado de coisas do funk carioca – aquele que os alimenta – mas vai adiante, com um pop feroz, sacana e romântico (quando deve ser), com alta qualidade de produção… Quer saber o que é hoje o funk carioca? O Tigrão vai te ensinar.. – Sílvio Essinger’ -.
O Bonde do Tigrão chega ao seu quarto álbum com várias novidades: com a experiência adquirida nesses quase 10 anos de estrada eles partem agora para a produção independente; chegam também com uma nova formação, apresentando o dançarino Goia, que os acompanha desde o início de carreira, no lugar de Tiago; e as músicas, que sempre foram criação do grupo, estão abertas para os compositores da novíssima geração.
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