Biografia
Alcione
Dona de uma voz inconfundível, personalidade marcante e suingue inigualável, Alcione é uma das artistas brasileiras mais prestigiadas no Brasil e no exterior. Ímpar, emblemática e com um carisma especial que conquistou uma legião de fãs ao longo de sua trajetória de mais de 45 anos de carreira.
Nascida em São Luís do Maranhão, é a quarta de nove filhos do casal João Carlos e Felipa. Formou-se professora primária em sua cidade, mas em 1967 mudou-se para o Rio de Janeiro. A Marrom, apelido que ganhou desde o início de sua carreira artística, detém um glorioso currículo que inclui os principais palcos do Brasil e do mundo, já tendo cantado em mais de 30 países. Só para dar uma pincelada na trajetória da artista e demonstrar sua importância na divulgação da música brasileira no exterior, seguem alguns destaques: Cantou em 13 teatros no Japão, entre eles o Pit Inn e o Nakanu Plaza Hotel; Festival de Montreux e Jam Session de Montreux, na Suíca; Em Portugal, nos teatros Capitólio, Coliseu e Tivolli, em Lisboa, Coliseu e Sal da Beira, no Porto, além, da Universidade de Coimbra e no Cassino de Estoril; Festival Domenica Romana na Itália e o FEM 6 em Köln, na Alemanha; 7ª Bienal do Brasil em Lyon, na França, na casa de espetáculos Ballroom e no Town Hall Theatre em Nova York, onde também cantou no Brazilian
Day de 2009; No ginásio Dinamo em Moscou e mais 12 teatros da antiga União Soviética, somando um total de 26 apresentações por quatro Repúblicas – hoje países -Rússia, Estônia, Lituânia e Ucrânia. Todas a convite do Ministério da Cultura da URSS; Duas apresentações em Tel Aviv; Representou o Brasil em especial para a Televisa no México; Diversas apresentações na Argentina, Chile, Uruguai, Angola, Cabo Verde e Moçambique!
Gravou 03 compactos: Figa de Guiné (1972), Tem Dendê (1973) e Os Melhores Sambas Enredo de 75 (1975); 21 LPs: A Voz do Samba (1975), Morte De Um Poeta (1976), Pra Que Chorar (1977), Alerta Geral (1978), Gostoso Veneno (1979), E Vamos À Luta (1980), Alcione (1981), Vamos Arrepiar (1982), Dez Anos Depois (1982), Almas e Corações (1983), Da Cor Do Brasil (1984), Fogo da Vida (1985), Fruto e Raiz (1986), Nosso Nome: Resistência (1987), Ouro e Cobre (1988), Simplesmente Marrom (1989), Emoções Reais (1990), Promessa (1991), Pulsa Coração (1992), Brasil de Oliveira da Silva do Samba (1994) e Profissão Cantora (1995); 19 CDs: Tempo de Guarnicê (1996), Valeu (1997), Celebração (1998), Claridade (1999), Nos Bares da Vida (2000), A Paixão Tem Memória (2001), Ao Vivo (2002), Ao Vivo 2 (2003), Faz Uma Loucura Por Mim (2004), Faz Uma Loucura Por Mim Ao Vivo (2004), Uma Nova Paixão (2005), Uma Nova Paixão Ao Vivo (2006), De Tudo Que Eu Gosto (2007), Acesa (2009), Acesa Ao Vivo Em São Luís do Maranhão (2010), Duas Faces Jam
Session (2011), Duas Faces Ao Vivo Na Mangueira (2011), Eterna Alegria (2013), Eterna Alegria Ao Vivo (2014); 09 DVDs: Ao Vivo 2 (2003), Faz Uma Loucura Por Mim Ao Vivo (2004), Uma Nova Paixão Ao Vivo (2006), De Tudo Que Eu Gosto (2007), Acesa Ao Vivo Em São Luís do Maranhão (2010), Duas Faces Jam Session (2011), Duas Faces Ao Vivo Na Mangueira (2011) e Eterna Alegria Ao Vivo (2014).
Por alguns desses álbuns, ganhou 25 Discos de Ouro, 07 de Platina, sendo 02 de Platina Duplo, 03 DVDs de Ouro e 01 DVD de Platina. Em sua galeria de troféus – com mais de 350 peças – possui títulos e honrarias que poucos artistas conseguiram obter ao longo de suas carreiras, tais como: Ordem do Rio Branco (a mais alta comenda do Brasil), as Medalhas Pedro Ernesto e Tiradentes (concedidas pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Medalha do Mérito Timbiras (a maior comenda concedida pelo Estado do Maranhão), Medalha Daniel De La Touche (concedida pela Câmara Municipal de São Luís), Medalha Luiz Gonzaga (concedida pela Câmara Municipal de São Paulo); Foi escolhida como Madrinha do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, e também homenageada como embaixadora do turismo dos Estados do Rio de Janeiro e Maranhão. Vários prêmios importantes da MPB fazem parte de sua coleção, como o Prêmio da Música Brasileira, dos quais ela possui vinte das vinte e sete edições existentes. No ano de 2003 a Marrom foi agraciada com o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Samba e recebeu na Academia Brasileira de Letras, o Prêmio de Melhor Cantora Popular.
Prêmios de grande vulto internacional também foram conquistados por Alcione, como: O Pensador de Marfim (concedido pelo governo de Angola), Diplome de Médaille D’or (concedido pela Societé Acadêmique de Arts, Sciences et Lettres de Paris), Extraordinary Contribuition to Brazilian Culture and Positive Image (concedida no 9TH Annual Brazilian International Press Award na Flórida), Personalidade Negra das Artes (concedido pelo Conselho Internacional de Mulheres) e A Voz da América Latina (concedida pela ONU).
Alcione, uma incontestável precursora, fundou a escola de samba mirim da Mangueira (Grêmio Recreativo Cultural Mangueira do Amanhã, da qual é Presidente de Honra), o Centro de Arte da Mangueira – Mangueirarte e o Centro de Apoio. Fundou também, ao lado de João Nogueira, Clara Nunes, Martinho da Vila, Dona Ivone Lara e tantos outros sambistas, o Clube do Samba, na década de 80. Por sua imensa contribuição ao universo do samba, já foi enredo de escolas de samba nas cidades do Rio de Janeiro, São Luís, Juíz de Fora e Niterói, a exemplo de “Marrom da Cor do Samba”, tema da Unidos da Ponte em 1994, quando ainda fazia parte do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A artista, em seus incontáveis momentos de glória, já passou por experiências tão marcantes e glorificantes, como a de ser escolhida para comandar durante dois anos, o programa Alerta Geral, em horário nobre da Rede Globo, sob a direção do saudoso Augusto César Vanucci, onde cantou com todas as grandes personalidades da nossa música, como: Cartola,, Baden Powell, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Nelson Cavaquinho, Dorival Caymmi, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Marlene, Emilinha Borba e tantos outros. E a emoção maior de apresentar-se para mais de 500 mil pessoas no Maranhão, quando foi convidada pela Paróquia de São Luís para saudar o sumo pontífice com músicas como João de Deus para a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, no início da década de 90.
Aplaudida e admirada por uma biografia impecável, a Marrom impõe credibilidade. Talvez por isso, a cantora tenha despertado a atenção de empresas e marcas que sonhavam em ter o seu aval em produtos, eventos, realizações. Muito requisitada para campanhas publicitárias, sua escolha como uma das titulares da turnê “Nívea Viva O Samba”, foi apenas mais uma comprovação do prestígio e da empatia popular causada por seu nome.
Com uma carreira sólida e contemplada com um número incontável de hits, como: Não Deixe O Samba Morrer, Sufoco, Gostoso Veneno, Menino Sem Juízo, Nem Morta, Garoto Maroto, Estranha Loucura, Meu Vício é Você, Ou Ela Ou Eu, Além da Cama, A Loba, Mulher Ideal, Você Me Vira a Cabeça e Meu Ébano, a intérprete jamais abdicou de enfrentar desafios. Recentemente fez um espetáculo – elogiadíssimo – no projeto “Inusitado”, na Cidade das Artes, interpretando apenas canções em francês. Também em 2015, pela primeira vez apresentou-se no Rock In Rio durante um show em homenagem à Cidade Maravilhosa. Apesar de estar no templo do rock, sua performance conquistou um público que fora assistir as estrelas do gênero. De quebra, recebeu elogios da crítica especializada. Novidades e ineditismos, conforme evidenciadas, são marcas indeléveis no caminho desta cantora sempre pronta a alcançar vôos cada vez mais altos.
Mais uma bela e inédita conquista do finalzinho de 2015, foi a inserção da música “Juízo Final” de Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, na abertura de “A Regra do Jogo”. Alcione, com sua voz, já participar de mais de vinte trilhas sonoras de novelas. Outra grande novidade recente é o lançamento da sua própria linha de esmaltes em parceria com a Desiré Cosméticos!
Artista amada por plateias de todos os quadrantes, faixas etárias, classes sociais e intelectuais, Alcione já eternizou seu nome em muitas páginas da história da nossa melhor música popular. Sua obra, eclética e desvirtuada de preconceitos musicais encontra uma indefectível conexão com o povo (ela tem orgulho danado de ser uma cantora popular!).
Paralelamente, o público, que evidencia essa espécie de culto à grande personalidade maranhense, também vem conhecendo um outro lado da artista: o beneficente. Suas preocupações com o bem-estar social a levaram a engajar-se em campanhas e eventos, ações solidárias. Sem alardes, propósito de divulgação, projeção de seu nome, músicas ou carreira artística.
Por tudo acima mencionado e tantas outras qualidades – musicais e pessoais – Alcione é um nome diferenciado e emblemático. Uma artista valorosa, guerreira, conhecida pela autenticidade, competência e trajetória singular. E, aproveitando um dos seus bordões mais famosos (sim, ela também tem um vasto repertorio neste quesito) “Alcione não é e nunca será uma qualquer”.
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