Manter-se no mercado é para poucos, criar um legado é para únicos.

Em agosto deste ano, a Tribo de Jah completa 35 anos de existência, entre shows, discos, viagens e
vibes que só a música poderia nos proporcionar.

E para tudo isso não passar em branco, pensamos em uma forma de fazer uma comemoração inesquecível. Já começamos a criar novas melodias, escrever novas letras e trabalhar muito para que essa celebração seja realmente um marco na história da Tribo.

Tão mais importante é que o maior número de fãs possa participar, já que somos um grupo independente que, com muita luta e perseverança, vem conseguindo consolidar o nosso trabalho, sem contar com nenhum tipo de apoio ou patrocínio. Sendo uma banda com quatro deficientes visuais, acreditamos que somos um exemplo de superação que merece reconhecimento.

Um pouquinho da história de como tudo começou…

Num dia de Agosto de 1985 fui à casa de um ex-sargento da PM de São Luís que tinha colocado à venda o seu “conjunto”. Me lembro que seu endereço era na Rua da Cerâmica, no Bairro do João Paulo.
Guardo até hoje o recibo da compra de todo o equipamento do Conjunto, mas o detalhe é que lá estavam os integrantes da atual Tribo ensaiando para tocar nos bailes da vida e não sabiam que, com a compra da aparelhagem,
ficariam desempregados.

Pedi pra dar um oi pros músicos e nem sabia que eles eram deficientes visuais.
De cara, o Frazão, tecladista, me reconheceu pela voz e perguntou… “é Fauzi Beydoun? Manda um alô pra mim…Eu não perco teu programa”… na época eu apresentava o programa Rádio Reggae que era uma das maiores audiências do rádio maranhense.

Em seguida, lembrei que já os havia visto tocando ao ar livre, na praia da Ponta D’Areia, e ali mesmo confessei que comprava o equipamento porque queria montar uma banda de reggae e que, se eles topassem, a gente podia se juntar e tentar fazer esse trabalho juntos… E foi assim que tudo começou.